24 dezembro 2012

Um sonho que é meu, é nosso.

Postado por O Poeta Morre na Folha dia 24.12.12

Todo leitor que se preze, deseja entrar no quarto e ter essa visão. Ou talvez, se não couber no quarto, sonhando alto… Quem sabe um cômodo próprio da casa para acomodar essa família tão singular. Afinal, por que não? Com luz envelhecida, pintura mais clássica, cortinas grossas nas janelas, em cada canto da parede uma estante e todos aqueles enfeites que gostamos de pôr no móvel. Um sofá e muitas almofadas. Se quiser algo ainda mais clássico, por que não à luz de velas? Para ler aquele terror quando lá fora estiver chovendo e se arrepiar de medo! Ou qualquer outro gênero, é claro. Não vamos esquecer do ar condicionado, right?

E aí você pode fazer a festa separando-os por cor, autor, gênero, série e individual, ou simplesmente de acordo com o favoritismo, desde que você entenda o que está fazendo e não perca-os de vista entre quinhentos livros. É claro que para ter um paraíso desse em casa, a sua biblioteca particular e intocável, não pode relaxar com a limpeza e a organização. Livros não são eternos, mas com bastante cuidado podemos deixá-los impecáveis por décadas. Nada de deixar em qualquer canto, ou ao alcance daquelas sobrinhas pequenas com mãos *monstras* de chocolate… Longe também de cafés, refrigerantes, alimentos gordurosos e etc.
Não basta ter tantos livros se você não terá tempo de lê-los ou não poderá se dedicar aos cuidados necessários. Tire um dia para arrumar toda a sua estante, mesmo que ela possua trinta ou duzentos livros, apenas para dar uma olhada naqueles que você já leu e adorou. Relembre. Folheie. Dê ar fresco para essas páginas. Leia uma linha ou duas, sorria. Sinta o cheiro de novo, ou de gasto, ou de lido e querido. Apenas sinta, toque. Passar uma flanela limpa e seca também é sempre bom para preservar o brilho das capas. Tire do lugar e coloque em outro. 
Esse é um entendimento que surge apenas nos olhos de quem lê com amor.




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